quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Morrer

Uma vez eu morri! Morri por dentro, morri aos poucos, foi uma morte lenta dolorosa. E quando morri não sabia o que fazer, não sabia recomeçar, não sabia nem mesmo o que senti, então senti muita mágoa, uma culpa horrível  me dominava, me senti pequena, insignificante, me perdi de mim e de tudo aquilo que eu acreditava... Me perder foi uma das piores experiências, quantas vezes quis o abraço, o conforto, o riso, mas tinha tanto medo, era tão frágil, tão miúda que não reagi.
Com a ajuda de alguns poucos me reencontrei, curei as feridas, perdoei a mim mesma e ao outro. Fiz da minha fraqueza força. Mudei, pouco, mas mudei. Hoje conheço meus demônios, entendo minha loucura, não culpo ninguém pelas dores que são só minhas.
Confesso que também endureci, sequei um pouco, acho que faz parte, sempre acabo criando cascas pra me proteger. Tenho medo de sofrer, nunca gostei do sofrimento apesar dele ser sempre presente na minha vida. Apesar dele tantas vezes me acompanhar.
Fiz novos amigos, construí novas histórias, algumas delas tiveram finais trágicos é bem verdade. Morreu um pouco de mim quando Mayra se foi. A gente sempre morre um pouco quando perde um amigo. Mas revivi outras vezes na presença de uns poucos e bons que souberam me amar.

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